No estudo da Língua Portuguesa aprende-se que a Linguagem Verbal é aquela que se utiliza das palavras escritas ou faladas, e a Linguagem Não Verbal utiliza símbolos e signos visuais. Mas quando a atividade é falar, a Não Verbal, muitas vezes, toma a frente, e o corpo pode ser protagonista da fala, confirmando ou desmentindo o que a boca diz.
Falamos com as palavras emitidas pela voz, mas dizemos muito também com os gestos, a postura do corpo, o olhar, o sorriso, o franzir da testa, ou mesmo o cruzar de braços. A expressão corporal tem papel fundamental na transmissão da mensagem do falante, do chamado orador. Os gestos dão o tom da energia e do vigor da fala, o corpo transmite, ou não, segurança e domínio do espaço, a expressão facial é pura emoção, com destaque para as chamadas “janelas da alma”, que os olhos abrem.
Mas, para os que não conseguiram ainda dominar o nervosismo, a ansiedade, combater a vergonha, o dizer corporal, que acompanha a fala, pode ser uma cilada. Se é verdade que o corpo fala, também o é que ele não mente. Traduz, muitas vezes inconscientemente, o que queremos de fato dizer, na alma.
Por isso, falar também é uma questão de consciência corporal. É preciso entender que a mímica faz parte do processo de transmissão da mensagem e manter sobre ela o domínio do orador. Estar plenamente entregue à missão maior, de comunicar-se, superando pequenas vaidades, utilizando esse maravilhoso instrumentos de comunicação que é o corpo.
#vaiefala
Luciana Gomes
jornalista e professora de oratória
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