A impressão é de que estamos sem tempo para fazer o que tem que ser feito. 

Falar em público, além de um desafio para o enfrentamento das emoções, passou a ser também uma disputa pela atenção alheia. Não há tempo a perder, é preciso dizer tudo de uma vez, com objetividade, despertando o interesse na audiência e no menor tempo possível. 

Há quem passe muitas horas diante da TV maratonando uma série, mas em episódios curtos, vistos seguidamente, dando a impressão de agilidade. Já um filme com mais de duas horas de duração é considerado demasiadamente longo, nos toma muito tempo. 

Assim é com as apresentações. Para “prender” o público diante de um assunto relevante, o palestrante tem que se desdobrar em técnicas de oratória para deixar tudo muito interessante. Contar histórias, mostrar a relevância do tema para a vida de cada um que o ouve e falar com energia, ênfase, paixão. 

Se a informação for passada por vídeos veiculados nas diversas plataformas a disposição no mundo online, a missão toma roupagem de verdadeiro show. Com produções dignas de programas televisivos, pois além de não ter tempo a perder, queremos o que é bom, com imagem de qualidade e som próximo à perfeição. 

Em um mundo tão exigente, e com tanta oferta de informação, há dois fatores que servem de diferenciação para quem se arrisca a disputar a audiência da plateia online ou presencial. O primeiro deles é conseguir ser objetivo, distribuindo a informação de maneira cirúrgica e estratégica ao longo do escasso tempo de exposição. 

A segunda, e mais importante, forma de se destacar é, certamente, a mais difícil, ser autêntico. Não se prender a modelos prontos, vendidos como fórmulas de sucesso. Mas, usar os fundamentos da prática da comunicação humana para mostrar-se como um ser humano em busca de compartilhar seu conhecimento, suas experiências e sua história. 

Ser você é o tal “segredo” para se diferenciar do que está por aí, afinal, só você consegue fazer isso bem.   

#vaiefala