A busca por seguidores e engajamento nas redes sociais está fazendo com que muita gente tenha na produção de conteúdo para o seu perfil mais uma jornada de trabalho no dia. É fato que, quando bem utilizadas, as redes sociais acabam se tornando excelentes vitrines profissionais. 

Mas, entre dicas, frases, receitas e informações importantes passadas de forma leve, muita gente se perde nesse mundo digital de dancinhas, piadinhas, montagens e vídeos que beiram, outras vezes se atolam, no que chamamos de ridículo. 

Como investir em uma imagem séria, de profissional ativo e conhecedor de sua área, e ao mesmo tempo encantar uma audiência exigente, ávida por entretenimento, que tem o poder, literalmente, na ponta dos dedos? 

Os especilialistas das redes dizem que você tem menos de dois segundos iniciais para chamar atenção do público para seu micro vídeo. DOIS segundos! Estamos na era do imediatismo, pulamos vídeos de 15 segundos e colocamos os áudios dos aplicativos de mensagens em velocidade dobrada, pois não temos tempo de ouvir o outro no rítmo dele, é preciso acelerar. 

Entrar na ciranda na comunicação instantânea não é fácil, e pode ser bem angustiante, são muitos os transtornos psicológicos identificados em quem corre atrás de curtidas, comentários, reações, compartilhamentos e salvamentos de seus posts.  

Mas, para que ter mais seguidores se isso não se reflete nas vendas de seus produtos ou serviços? Ter prestígio nas redes sociais apenas para deixar os números da métrica da vaidade mais robustos? Pode até ser válido, mas como um hobby, não como ferramenta efetiva de comunicação. Mais importante que dedicar algumas horas do dia, ou da semana, para criar conteúdo, é ter um propósito claro do “para quem” e “para quê” esse conteúdo serve, qual sua utilidade à audiência e qual o efeito nos seus negócios. Do contrário, melhor voltar a postar apenas as fotos e vídeos das viagens, festas, família e bichinhos de estimação. 

Luciana Gomes 

jornalista e professora de oratória